Pegamos um pouquinho de trânsito no começo da viagem até Washington e graças a “Maria”, apelido carinhoso que demos para o nosso GPS, não erramos nenhuma entrada ou saída por todas as pontes e túneis que pegamos durante o trajeto.
Chegamos em Washington pouco antes do meio dia e o sol estava a pleno vapor, logo depois que saímos da estrada, ao entrar na cidade percebemos pela primeira vez que realmente existe uma crise financeira, pois eram muitas lojas grandes fechadas e a placa com o “aluga-se”, passamos por aproximadamente cinco ou seis grandes quarteirões e em todos tinha um prédio disponível. Também vimos a primeira pessoa vendendo alguma coisa no farol, até comentei que dada às devidas proporções parecia São Paulo e talvez por aquela região ser menos turística podemos ver os efeitos da crise.
Logo depois desta primeira impressão, chegamos realmente na parte mais bonita de Washington, e a minha sensação que era de estar em São Paulo, mudou para cheguei na “Disneylândia” do Governo, pois era tudo tão perfeitamente arrumado, limpo, organizado, com jardins e fontes impecáveis que cada minutinho lá foi de encher os olhos.
O primeiro prédio desta bela parte da cidade que vimos foi o Museu Postal e a sua arquitetura já nos dava uma pequena idéia de como a cidade era e eu realmente por mais que tivesse estudado sobre Washington, ouvido e lido relatos de amigos que já estiveram por lá não tinha idéia de quanto beleza e imponência eu veria.
A nossa primeira parada foi no Capitólio, o prédio é maravilhoso, muito grande, a parte da cúpula é apenas um quinto do restante da construção e a beleza dos jardins e das fontes próximas é extraordinária. Aproveitando a proximidade com o Capitólio, seguimos para conhecer a Suprema Corte e mais uma vez a arquitetura do prédio é de tirar o fôlego, estava tão branquinha que com o sol forte ofuscava nossos olhos.
Mesmo com o guindaste atrapalhando um pouco as fotos, não ousei reclamar nem em pensamento, afinal eles são mestres em conservar o próprio patrimônio. Não pude deixar de pensar no prédio do Tribunal de Justiça de São Paulo e de tantos outros prédios antigos que temos e que mereciam o mesmo cuidado e apreço.
Após, a nossa visita a Suprema Corte seguimos para a Biblioteca do Congresso, que também me deixou encantada, pena que o tempo era curto e tínhamos tantas outras coisas para ver, pois vale passar mais tempo lá. A fonte logo na entrada da Biblioteca por si só já seria uma atração, ainda mais em um dia tão quente como aquele sentir a água tão pertinho trazia aquela sensação deliciosa de frescor.
Em virtude do adiantado da hora, o nosso cansaço, o calor intenso, e tempo que eu despendi estudando Washington pelos mapas, decidimos voltar ao carro para estacionarmos mais perto do Washington Monument, pois apesar do caminho a pé ser repleto de atrações, jardins espetaculares este trajeto teria que ficar para uma próxima visita.
Conseguimos estacionar o carro bem próximo ao Washington Momument, como é ainda mais lindo ao vivo, com o céu azul, sol, e a cidade lotada de turistas, muitos deles americanos felizes por estarem na Capital do seu país.
O espelho d´agua em frente ao Monumento nos filmes, parece mais longo e estreito, ao vivo continua sendo bem longo, mas é bem mais largo, ou seja, ainda maior do que imaginava e ao fundo estava o Monumento do Lincoln, com ainda mais turistas por lá aproveitando não só para ver a imensa estátua dele e a arquitetura do prédio, mas também a sombra que tomava conta do local.
Após a nossa visita a estes dois marcos, faltava ainda passar em frente a Casa Branca, para conhecermos uma das residências mais famosas do mundo. De carro é realmente bem complicado, pois não chegamos a passar nem pertinho, ao menos não com as indicações da Maria, nosso querido GPS.
Depois da terceira volta pelas mesmas ruas, estava eu perdida em mapas, cansada, frustrada por não conseguimos nem visualizar a Casa Branca, quando consegui ver um pedacinho dela e imediatamente conclui que o melhor era parar o carro e seguir a pé.
Finalmente lá estava ela, ainda que bem de longe, mas ao alcance das lentes da máquina fotográfica! Assim pelo menos depois de descarregar as fotos poderíamos ver cada detalhe de pertinho.
Mas valeu de toda a maneira e não poderíamos nos despedir de Washington sem ter visto a Casa Branca.
Para quem ainda não conhece Washington ou mesmo para quem já a visitou, eu acho que vale muito ver e rever tudo o que a cidade oferece, além da beleza dos prédios públicos, os museus da cidade devem ser prestigiados, ainda mais para quem gosta deste tipo de passeio.
Um dos que eu queria muito ter visitado, ainda mais pela comemoração dos 40 anos da primeira visita do homem a Lua, era o Museu Aero Espacial, o acervo do museu com peças e artefatos originais das nossas missões pelo espaço é gigantesco e a entrada no Museu é gratuita como em muitos outros de Washington.
Então aqui fica a dica para todos, pois assim que eu tiver a oportunidade de retornar, irei com toda a certeza e tentarei ter pelo menos dois dias para visitá-la como ela merece.
Voltando a nossa aventura, depois de Washington ainda tínhamos pelo menos duas horas e meia de estrada até Charlottesville!
